sábado, 18 de dezembro de 2010

Natal

O final de ano tanto esperado:
Árvores entre luzinhas;
Luzinha entre amantes.
Os calafrios lânguidos dos distantes.
Mãos que desfilam sob flores.
Ah! Um instante sublime:
"Adeus, minhas dores!"
— Assim eu sorriria.
Fim de ano... quê! Chegado.
Afinal... eram árvores e luzinhas que eu via.
Não aquelas que em sonhos as lembrava.
Logo me notei com alguém que não sorria.
Com minha alma que não chorava.
Tudo distante daquele distante.
A salvação que se esvaia ao instante.
E o salvador, enfim, era a graça que restava,
Pois o paraíso se transcorre em moedas douradas.

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